sábado, 17 de outubro de 2009

Mensagem do Santo Padre para o dia Mundial das Missões 2009

“As nações caminharão à sua luz” (Ap 21, 24). O objetivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, pois Nele encontramos a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.

É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos somente nos colocar a serviço da humanidade, sobretudo daquela sofredora e marginalizada, porque acreditamos que “o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo… é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade” (Evangelii nuntiandi, 1), que “apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência”(Redemptoris missio, 2).

1. Todos os povos são chamados à salvação

Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, somente no Qual ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.

O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as tornam participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se em meio a contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é “contagiar” de esperança todos os povos. Por isto, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve se tornar uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso impreterível e primário. (...)"

In: Ecclesia

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O maior é o que serve!

“Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servidor de todos” (v.36). À primeira vista parece uma contradição: como se pode ser o primeiro, sendo o último?

Seria de facto uma contradição, se Jesus não esclarecesse em que consiste a condição de último: ser servidor.
Não é, por isso, aquele que nada faz…para ser o maior. Não é aquele que nada faz, por pensar apenas em si próprio, entregue a um comodismo destrutivo da própria pessoa.
Pelo contrário: o último é aquele que tudo faz… pelos outros. Aquele que desenvolve as suas qualidades, acumula os seus bens, não à custa dos outros, mas em colaboração com eles e, sobretudo, para lhes dar, para se dar mais…nomeadamente e, em primeiro lugar, àqueles que pouco ou nada têm.

Por eles de um modo especial, porque, nada tendo, aquilo que por eles é feito, é movido pela gratuidade. E como quem age gratuitamente, isto é, não condiciona o que faz à lei da recompensa, faz muito mais, sobe muito mais…para ser, de facto, o maior.

É o maior, porque a vida que tem, ao ser partilhada, se torna fecunda: gera novas vidas, dando vida a quem a não tem. A sua vida passa a ser a vida dos outros, e a destes, a sua vida.

Uma vida ilimitada e, como tal, geradora de vida. Principalmente se aqueles que a recebem e dela vivem, passam a usar a vida que assim adquirem, na mesma perspectiva e dinâmica da gratuidade e do dom.

O melhor e, para nós cristãos, decisivo exemplo é o do Mestre: tornou-se o maior, o Messias de Deus, porque, como “Filho do Homem”, Filho de um Deus que, no Filho, se faz extremamente solidário e servidor dos homens, se entregou “nas mãos dos homens, que o mataram; mas, “morto, três dias depois” ressuscitou (9,31). Na sua morte partilhou do modo mais extremo a vida…para alcançar aquela vida que não tem limites, porque vivida num amor infinito.

Até hoje, até nós que d’Ele vivemos, para, com Ele, nos entregarmos àqueles que são: Os mais pequeninos”

“E, tomando um menino, colocou-o no meio deles, abraçou-o”… (v. 36). Um gesto encantador, pela ternura que exprime. Saboreemo-lo. Imaginemos, se quisermos,que essa criança da mais tenra idade é cada um de nós: abraçado por Jesus, ao seu colo, junto do seu coração…

IN: Guião 2ºano catequese pag 62
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DIA DOS SANTOS ANJOS DA GUARDA

"Com o Sacrifício da Cruz, realizou-se a unidade entre todas as criaturas espirituais e materiais. Em virtude dessa unidade profunda do mundo em Jesus Cristo, os espíritos superiores, que são os Anjos, estão presentes à vida do homem, auxiliam-no, guardam-no e protegem-no.

É-nos impossível descobrir, com os sentidos, a sua acção e descrever a natureza da sua ajuda. «Contudo, a orientação do conjunto da nossa vida depende deles, em parte. Os Anjos podem agir na nossa maneira de julgar, intervir nas nossas decisões, apresentar-
-nos valores sobrenaturais»
(Gustavo Thils).

A Igreja recomenda, por isso, que recorramos à intercessão dos Anjos da Guarda, especialmente nos momentos críticos da nossa vida."

Fonte Secretariado da Liturgia